Desde a versão 2000 da ISO 9001 a melhoria é um requisito
que sempre foi negligenciado pelos RDs e, principalmente pelos auditores.
Nestes quinze anos de versão 2000 e versão 2008 nunca vi um auditor apontar uma
não conformidade por falta de melhoria no Sistema.
O mais interessante é que as melhorias ocorrem com uma
frequência muito maior do que se imagina. Então, a maior dificuldade tem sido
dos gestores da qualidade em entender o conceito e, principalmente captar e
registrar tais melhorias. Quer um exemplo? Visitando uma grande empresa, bem
estruturada, aliás, bem mais estruturada que a média nacional, verifiquei que
tal empresa tem um departamento de Garantia da Qualidade “muito bem” organizado,
com cerca de 20 analistas (isso é muito, se comparado com a grande maioria das
empresas, onde, geralmente a “área da qualidade” é formada por uma única pessoa).
Pois bem, conversando com o Gerente da área ele me expos a mesma
dificuldade...temos poucas ações corretivas e preventivas para evidenciar
nossas melhorias. Perguntei se o sistema estava estático, se de fato as
melhorias não ocorriam ou se não havia registros das mesmas. Ele faz cara de “ué”! Quase que ao seu lado, fisicamente, está
outro departamento da empresa, um PMO (
escritório de projetos) que administra cerca de 200 projetos por ano, projetos
estes que não são projetos de produtos e sim, de melhoria de processos e de infraestrutura.
Ao dizer ao Gerente da Qualidade que ali, no departamento ao
lado, estava todas as melhorias da empresa, ele fez outra cara de “UÉ”...afinal,
eram projetos do PMO e não da área da qualidade!
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