sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Certificar pela ISO 9001-2008 ou pela ISO 9001-2015?

Ontem recebi uma consulta de  um profissional que é responsável pela implantação da ISO 9000 em uma empresa. Ele me contou que está em fase final de implantação da ISO 9001-2008 e me perguntou se ele precisava se certificar já pela nova norma. Esta é uma dúvida de muitos profissionais que iniciaram seus processos pela versão antiga da norma.
Do ponto de vista das regras de certificação, qualquer empresa pode se certificar pela versão 2008 até a data final de cancelamento de todos os certificados emitidos nessa versão, ou seja, outubro de 2018. Assim, quanto mais tempo a empresa demore, menor será o prazo de validade de seu certificado. Do ponto de vista da gestão do negócio, a nova norma traz elementos importantíssimos, que certamente agregam valor à gestão e por consequência, deve trazer mais satisfação aos seus clientes e favorecendo o crescimento do negócio. Por fim, do ponto de vista mercadológico, nada impede que um grande cliente ou um grupo de clientes passe a exigir a nova certificação.

Pelo lado do preço da certificação, não deve haver diferença entre as duas. Assim, podemos concluir que, sim, é possível se certificar pela versão antiga, mas é o mesmo que comprar um carro usado pelo preço de um okm! 

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

QUEM TEM MEDO DE AUDITOR?

Desde que estou trabalhando como consultor, e isso já faz quase 25 anos, noto um fenômeno interessante; por mais bem preparada que a empresa esteja para receber sua primeira auditoria de certificação, as pessoas morrem de medo do auditor: alguns RDs têm insônia nos dias que antecedem a auditoria, muita gente programa suas férias para o período em que ocorrerá a auditoria, a ansiedade vai às alturas: Aí chega a equipe auditora, logo pela manhã e o níveis de tensão aumentam. O RD não sabe muito bem como recebê-los, se oferece um cafezinho (algumas empresas preparam um super café da manhã ) ou se já parte direto para o sacrifício.
Quando a auditoria começa, o RD vai percebendo que as solicitações dos auditores são, basicamente, familiares e que não há nada de complexo no processo de auditoria; aos poucos as tensões vão se dissipando e, umas duas horas depois, o RD já arrisca fazer algumas piadas.
UFA!!! o auditor também vai ao banheiro!!!

terça-feira, 29 de setembro de 2015

A ISO 9001-2015 e as melhorias

Desde a versão 2000 da ISO 9001 a melhoria é um requisito que sempre foi negligenciado pelos RDs e, principalmente pelos auditores. Nestes quinze anos de versão 2000 e versão 2008 nunca vi um auditor apontar uma não conformidade por falta de melhoria no Sistema.
O mais interessante é que as melhorias ocorrem com uma frequência muito maior do que se imagina. Então, a maior dificuldade tem sido dos gestores da qualidade em entender o conceito e, principalmente captar e registrar tais melhorias. Quer um exemplo? Visitando uma grande empresa, bem estruturada, aliás, bem mais estruturada que a média nacional, verifiquei que tal empresa tem um departamento de Garantia da Qualidade “muito bem” organizado, com cerca de 20 analistas (isso é muito, se comparado com a grande maioria das empresas, onde, geralmente a “área da qualidade” é formada por uma única pessoa). Pois bem, conversando com o Gerente da área ele me expos a mesma dificuldade...temos poucas ações corretivas e preventivas para evidenciar nossas melhorias. Perguntei se o sistema estava estático, se de fato as melhorias não ocorriam ou se não havia registros das mesmas. Ele faz cara de “ué”!  Quase que ao seu lado, fisicamente, está outro departamento da  empresa, um PMO ( escritório de projetos) que administra cerca de 200 projetos por ano, projetos estes que não são projetos de produtos e sim, de melhoria de processos e de infraestrutura.

Ao dizer ao Gerente da Qualidade que ali, no departamento ao lado, estava todas as melhorias da empresa, ele fez outra cara de “UÉ”...afinal, eram projetos do PMO e não da área da qualidade!

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Por que as não conformidades se repetem?

É muito comum, ouvir que mesmo estabelecendo ações corretivas, um tempo depois a mesma não conformidade volta a ocorrer; em um primeiro momento, qualquer especialista vai afirmar que a causa raiz do problema não foi devidamente identificada: sim, mas como identificar a dita cuja?
Existe alguns métodos simples, como o diagrama Espinha de Peixe e os “Cinco Por quês” que, se bem aplicados, resolvem grande parte dos problemas.
No entanto, o modo de falha de alguma sistemas tem características dinâmicas, ou seja, causa e efeito podem ocorrer em espaço e tempos diferentes e nestes casos, a análise realizada se utilizando dos métodos anteriores (que basicamente avaliam sequencias de eventos) podem resultar em equívoco na determinação da causa raiz; Outro agravante que ocorre nestes casos é que existem feedbacks do sistema que agem sobre a própria causa, modificando o comportamento do sistema. Para esses casos, a melhor maneira de se chegar a causa raiz é realizando uma modelagem dinâmica do problema a fim de identificar variáveis “não óbvias” que podem estar contribuindo para a ocorrência da não conformidade.

Quer saber mais?
Venha para a SGQ!
www.iso9000.com.br

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Dez Mandamentos para uma boa Gestão por Processos


1) Identificar Stakeholders, determinando suas necessidades.
2) Traduzir necessidades em especificações
3) Determinar os processos de realização do produto, de gestão de recursos e de gestão do sistema e as inter-relações. 
4) Criar procedimentos, determinar recursos humanos e materiais para cada processo.
5) Estabelecer indicadores de eficiência e eficácia e métodos de mensura-los.
6) Analisar criticamente cada processo, verificando atividades que agregam valor ao cliente, as que não agregam valor, mas são necessárias e aquelas que não agregam valor nem são necessárias.
7) Procurar eliminar as atividades que não agregam valor nem são necessárias.
8) Implementar o processo, aplicando todos os elementos anteriores
9) Medir o processo em períodos definidos.
10) Avaliar resultados e implementar ações de melhoria.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A ISO 9001-2015 e os documentos de origem externa

Tal como a versão 2008, a nova ISO 9001-2015 estabelece a necessidade de um adequado controle da informação documentada de origem externa necessária à operação do Sistema de Gestão da Qualidade e seus processos. Pelo menos no Brasil, as certificadoras até agora, entendem como informação documentada de origem externas são apenas normas, leis, regulamentos (inclusive o próprio regulamento da certificadora para certificar). Nunca se deram conta que documentos de fornecedores, como catálogos, desenhos, manuais de operação de máquinas, como também de clientes, na maioria dos casos são informações documentadas necessárias para a operação e que também precisam ser corretamente controladas. Espero que, com a nova norma, novas luzes iluminem a cabeça de nossos auditores e que tornem os processos de certificação mais confiáveis!